O Sindicato dos Policiais Civis de Minas Gerais (Sindipol) divulgou nesta sexta-feira (12) uma nota exigindo esclarecimento e rigor nas investigações sobre a morte do investigador aposentado, José Japur Tanure, 62 anos, conhecido por Zé de Japur, ocorrido em Araçuaí (MG).
O policial civil foi encontrado morto, com os pés e mãos amarrados, caído no quintal da casa dele, no final da tarde da última quarta-feira (10), em uma rua sem saída (Rua Turmalina), conhecida como Beco da Paz, no centro da cidade. Ele morreu por asfixia. O corpo foi encontrado por um irmão, que acionou um chaveiro para abrir o portão da casa, após amigos avisar à família que o aposentado não estava atendendo ligações de celular.
Os primeiros levantamentos indicam que o policial foi morto na noite de terça-feira (9). Vizinhos contaram ter ouvido música alta na casa dele, por volta das 21 horas. Haviam algumas latinhas de cerveja vazias, jogadas nas proximidades da piscina da casa, e copos de cerveja.
Testemunhas disseram a polícia, que o investigador teria recebido uma quantia em dinheiro na última sexta-feira, o que pode configurar em um crime de latrocínio.
O delegado de Araçuai, Ciro Roldão, que preside o inquérito, disse que foram roubados dinheiro e cartões bancários do policial. A moto dele não foi levada. Pelo menos duas pessoas são suspeitas de envolvimento no crime mas a polícia não descarta o envolvimento de mais pessoas.
O delegado de Araçuaí informou no inicio da noite, que os dois suspeitos do crime, já entraram em contato com a Polícia Civil, através de advogado, para se entregarem.
O aposentado morava sozinho. Imagens de câmeras de circuito de segurança de residências próximas foram filtradas pela polícia e estão servindo para ajudar nas investigações. No entanto, até o momento, ninguém foi preso. Policiais civis de Teófilo Otoni estão colaborando com a operação.
“Esperamos que o Governo de Minas não meça esforços na elucidação deste crime contra um policial civil. Quando há um atentado contra a vida de um policial, é um atentado contra toda a estrutura de Segurança Pública do Estado”, disse Wemerson Oliveira, presidente do Sindpol/MG.