22/11/2021 às 20h25min - Atualizada em 22/11/2021 às 20h25min

Evento em Araçuaí comemora os 30 anos de Jackson Martins na produção musical

Evento será realizado 4 de dezembro no Espaço de eventos UaiT

Divulgação
Trinta anos separam dois espetáculos na cidade de Araçuaí. No palco, o mesmo artistaCelso Adolfo, cuja produção musical foi a primeira da caminhada de Jackson Martins. Jackson, filho da cidade, prepara uma grande celebração para marcar suas três décadas de trabalho com alguns dos maiores nomes da Música Popular Brasileira. 

Será no dia 4 de dezembro, às 22 horas, no espaço de eventos “UaiT”, com apresentações de Celso Adolfo, além do violeiro MiltinhoEdilberto, Luciano Tanure e Banda Chuva de Pedra, Foka Sena e Eduardo Aldrin, e mais o poeta Gonzaga Medeiros, como animador cultural do evento e lançando seu livro “Pedra Palavra Poesia” e o escritor e cordelista Tadeu Martins, lançando o novo livro “Jequitinhonha 42 Anos de Travessia – De Vale da Miséria a Vale da Cultura”.

O evento contará ainda com um momento especial, quando pessoas de Araçuaí serão homenageadas pela contribuição com a cultura local e da região.

DE BANCÁRIO A PRODUTOR CULTURAL




Jackson era bancário, mas resolveu se arriscar no mundo artístico. Produziu seu primeiro show com Celso Adolfo em Araçuaí. De lá pra cá, muitos outros grandes nomes da MPB foram produzidos por ele. Artistas reconhecidos nacionalmente como Zé Ramalho, Alceu Valença, Almir Sater, Belchior, Elba Ramalho, 14 Bis, Fagner, Geraldo Azevedo, Luis Melodia, Beto Guedes, Oswaldo Montenegro, Elomar, Saulo Laranjeira, João Bosco, Tadeu Franco,Paulinho Pedra Azul e mais Celso Adolfo, Paula Fernandes, César Menotti e Fabiano, Vander Lee, Marcus Viana, Rubinho do Vale,  Saldanha Rolim, Renato Teixeira, Vital Farias,  Xangai e outros.


 “Este show vai celebrar os trinta anos desta minha caminhada, com muitas realizações. E é uma alegria voltar para a minha aldeia, onde fiz o primeiro show justamente com o cantor e compositor Celso Adolfo. O evento vai marcar também meu retorno ao mercado de trabalho, já que parei por quase dois anos por conta da pandemia”, conta Jackson. 



Para que o sonho se realizasse, Jackson rodou o Brasil, se estabelecendo profissionalmente em São Luiz, Fortaleza e São Paulo, residindo atualmente em Belo Horizonte.
Jackson lembra que ganhou gosto pela cultura ainda na infância e adolescência em Araçuaí.  “Foi a minha formação musical, com show de calouros, corais da igreja, rodas de viola, quadrilhas, serenatas, festas populares, quando eu estava sempre por perto,como olheiro, admirando.... Como não virei artista, aprendi a arte de produzir cultura”. 




O produtor conta que aprendeu a "colocar os artistas no palco para aproximá-los dos fãs, fazer com que a arte se manifestasse no circo, no palco, em praça pública e eu sendo o articulador”. 
 Antes de entrar no mundo da cultura, Jackson trabalhou por 10 anos como bancário, no extinto Bemge, mas não vacilou em largar tudo para rodar o Brasil produzindo cultura. Entre os artistas com quem trabalhou, o produtor lembra-se com carinho daquele que esteve mais ao seu lado: “Belchior foi meu professor. Tive a honra de produzir o seu último CD “Um Concerto a Palo Seco”, ao lado do maestro Gilvan de Oliveira”. 



Além do CD, Jackson fez a produção de mais de 200 shows do cantor cearense, não só em Minas, mas por todo o país. A admiração que tem pelo cantor pode ser percebida quando ele conta as histórias de estrada vividas pelos dois, que viraram grandes amigos. “Belchior é uma grande referência mundial da música contemporânea. Trabalhar ao lado dele foi uma grande honra. Sua morte prematura, em 2017, deixou um grande vazio na cultura musical brasileira.


Jackson produziu o último show de Belchior, antes de o cantor sair da cena musical brasileira, em 13 agosto de 2006, no encerramento do Festival Nacional da Canção de Colatina-ES, em evento apresentado pelo poeta Gonzaga Medeiros. “Aprendi muita coisa com a sabedoria de Belchior, quefoi meu grande mestre, uma pessoa com grande capacidade de discernimento, um filósofo da palavra cantada, uma grande figura humana”.


Ao analisar a atual cena musical brasileira, Jackson diz que o Brasil ainda produz a melhor música do mundo. “Sempre estão surgindo novos artistas que fazem um trabalho de ótima qualidade. Estão compondo, criando, assim como os artistas já consagrados procuram novas experiências, além de manter suas antigas criações mais famosas. Desta forma, a MPB está sempre pulsando”. 

VELHA ROUPA COLORIDA




Com 30 anos de estrada, Coiote, apelido que Jackson Martins ganhou de Belchior e como é conhecido no meio artístico, está mais ativo do que nunca e agora já envolvido na produção de shows da Banda 14 Bis, Oswaldo Montenegro e Zé Ramalho, além de vários outros projetos. Para a sorte do público mineiro, quanto mais o Coiote ‘corre trecho’- expressão que sempre usa - mais agitada fica a vida cultural de Minas e do Brasil.
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