Uma mulher de 56 anos, foi presa pela Polícia Civil nesta quinta-feira (19 de setembro) em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. Ela era investigada por ameaças e crimes contra a honra praticados, no meio virtual, contra uma família e instituições como escolas e a Polícia Militar em Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha (MG).
De acordo com o delegado de Araçuai, Paulo Sobrinho, no início do mês a Delegacia tomou conhecimento de um vídeo divulgado pela investigada em rede social, em que ofendia pessoas e instituições da cidade. "Além das ofensas, foram proferidas diversas ameaças às vítimas. No vídeo, a mulher disse que utilizaria arma de fogo (metralhadora) para matá-las- informou o delegado.
Entre as vítimas citadas pela mulher estavam, uma médica e sua filha pequena, a irmã dela que é advogada, e os pais delas. No vídeo, a mulher ameaçou ir a uma tradicional escola da cidade, para matar uma criança, filha de uma médica.
A mulher, que é suspeita de sofrer transtornos mentais, teve uma relação extraconjugal com o pai das vítimas, que é advogado e estava morando com ela, em Teófilo Otoni. Como ele foi diagnosticado com o mal de Alzheimer, a família o resgatou, para que ele pudesse ser acolhido e acompanhado por profissionais. Indignada com a situação a mulher passou a ameaçar a família do advogado, de 84 anos. Segundo as filhas dele, a mulher chegou a vender ilegalmente diversos lotes em Araçuai, pertencentes à família. O Alzheimer é uma doença degenerativa e progressiva que provoca atrofia do cérebro, levando à demência em pacientes idosos.
"O vídeo foi amplamente compartilhado e causou temor à população, tendo em vista que continham também ameaças de que haveria tiros durante o processo de votação, em determinada urna eletrônica que uma das vítimas iria votar"- disse o delegado. Por conter palavras de baixo calão e nome das vítimas, o jornal não divulgará o vídeo.
Após representação criminal contra a mulher, o Juiz da Comarca de Teófilo Otoni, expediu a ordem de ingresso de policiais na casa onde ela mora, em Téofilo Otoni, seguida de prisão. Se condenada, ela poderá pegar até 4 anos de prisão em regime fechado. A família das vítimas se sente aliviada, já que vinha sendo importunada há tempos pela autora, com ameaças, calúnias, injúrias e difamações.