Após 4 anos, a Polícia Civil divulgou nesta quarta-feira (29), a informação de que concluiu o inquérito policial que investigava o assassinato de Antônio Neiva de Oliveira, de 63 anos, conhecido por Antonio de Aristóteles, ocorrido na zona rural de Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha (MG)..
O crime ocorreu no dia 27 de julho de 2018, na fazenda da vítima, localizada no Córrego da Velha. O corpo do fazendeiro foi encontrado pelo filho dele, o servidor público federal, Ricardo Jardim Neiva, e apresentava quatro perfurações provocadas por arma de fogo.
Após concluir as investigações, a Polícia Civil em Araçuaí e o Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) de Venda Nova , na grande BH, conseguiram identificar e indiciar duas pessoas apontadas como autoras do crime. Trata-se de dois homens da localidade do Córrego da Velha. Eles são considerados foragidos.
O advogado Ruy Jardim Neiva agradeceu às autoridades, em especial ao atual delegado de Araçuaí. Ciro Roldão, aos investigadores da PC, bem como à equipe de investigadores do DHPP de Belo Horizonte, que não economizaram esforços na elucidação do fato. “ A investigação foi longa e demandou muito trabalho. Esperamos e colaboramos pacientemente com as investigações. Nada nesse mundo fica escondido e a luta por Justiça continua”- destacou o advogado.
A família aguarda a prisão dos acusados.
Relembre o caso.
O corpo do agricultor Antônio Neiva de Oliveira foi encontrado pelo filho, no curral da fazenda onde morava, na Comunidade Córrego da Velha. De acordo com o delegado Cristiano Castellucci, à época, responsável pelas investigações, o agricultor foi morto após um assalto, já que aproximadamente R$ 1.500, em dinheiro, que estavam guardados na casa do idoso não foram encontrados.
Em depoimento à polícia, o filho do agricultor, Ricardo Jardim Neiva, disse que esperava pelo pai para uma consulta em um dentista e, como não conseguia falar com ele, resolveu ir até a fazenda. Ao chegar na propriedade rural, encontrou o pai morto em um curral. Segundo a Polícia Militar (PM), o corpo do agricultor tinha perfurações no tórax, nas duas mãos e no olho. A perícia confirmou que a vítima foi encontrada vestida apenas com uma camisa e próximo a um animal que estava amarrado com uma corda.
Antônio Neiva era divorciado e morava sozinho na fazenda onde morreu. O filho do agricultor disse que há cerca de dois meses antes do crime, o idoso havia sido vítima de outro assalto. Na ocasião, os bandidos espancaram o agricultor enquanto invadiam a propriedade rural em que ele morava. Nós vivíamos alertando a ele o perigo de morar sozinho lá, mas ele dizia que não havia perigo”, disse o advogado Ruy Neiva.