14/03/2023 às 16h28min - Atualizada em 14/03/2023 às 16h28min

Biólogo alerta sobre risco de reprodução de cobra gigante no rio Araçuai

Animal pode chegar a medir até 10 metros de comprimento

O biólogo Henrique Abrahão Charles, da cidade de Macaé (RJ),especialista em herpetologia e conhecido como biólogo das cobras,  faz um alerta através de  dois videos postado no youtube, sobre o perigo de uma cobra Píton reproduzir na região do Vale do Jequitinhonha (MG). Um exemplar do animal, foi visto na região da Lapa das Andorinhas, às margens do Rio Araçuaí, no município de Carbonita. Ela foi filmada a cerca de duas semanas  pelo professor de Educação Física daquela cidade, Adilson Ventura, que fez um vídeo e postou nas redes sociais. Ele pescava às margens do Rio Araçuai, quando avistou o animal, que pode ser do tipo "birmanesa".

A píton é uma espécie de cobra  carnívora nativa do Sudeste Asiático, que se alimenta de aves e mamíferos.

Na natureza, elas geralmente crescem até 8 metros de comprimento, mas em cativeiro podem ser ainda mais longas. Elas não atacam seres humanos e não são venenosas.

 A espécie vive em áreas tropicais e subtropicais, geralmente em árvores e muitas vezes perto da água . Está entre  um dos 6 maiores tipos de cobras do mundo. As pítons birmanesas podem pesar até 90 kg.
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Elas são frequentemente vistas perto do habitat humano por causa do grande número de ratos, camundongos e outros animais nocivos. As pítons birmanesas se reproduzem no início dos meses de primaverera quando botam de 12 a 48 ovos.. Depois de colocar os ovos, elas os reúnem e se enrolam em torno deles para incubar.

VIDEOS VIRALIZARAM - Confira abaixo

Video 1

https://youtu.be/P1BQZVxcEPQ

Video 2


https://www.youtube.com/watch?v=wMjWHd0veDE
 
“Ela foi confundida com uma sucuri. Essa cobra é o terror. É um bicho que não existe no Brasil, é exótico, tem alto potencial invasor, é uma das maiores cobras do mundo. Lá nos Estados Unidos, onde esse tipo de cobra existe porque fugiu de um criadouro . Noventa e cinco por cento (95% )da fauna silvestre, meu irmão, deixou de existir. Ela come tudo o que vem pela frente, come gambá, jacaré, o que tiver ela vai detonar. Esse animal é extremamente perigoso. Precisa fazer uma força-tarefa porque esse animal não pode ficar solto na natureza”, destaca o biólogo Henrique Abrahão.

Ele  lembrou que quando recebeu o vídeo do professor duvidou. “Pô isso não é no Brasil não”, pensou na hora que recebeu o material. Mas depois ele foi atrás e atestou que era mesmo no Brasil.

"A cobra está aqui no Brasil e tem de ser retirada da natureza. Esse animal não pode ficar na natureza”, alertou o especialista.



FILMADA POR PROFESSOR

Adilson, professor de educação física, que filmou o animal, também deu um depoimento no vídeo em que Henrique analisa a situação. “Vimos que era um animal bem grande. Na hora imaginei que era sucuri. O animal de dimensões bem assustadoras. Chegando em casa comecei a pesquisei sobre o animal. Vi que não era jiboia, nem sucuri. Procurei um professor de biologia da cidade e ele confirmou se tratar de uma píton. Acionei os órgãos ambientais”, disse. Até o fechamento desta matéria, não havia ainda sido formada uma força- tarefa, na tentativa de capturar o animal.

É o terceiro caso de píton no Brasil. E ela é perigossísima. É uma serpente quase do tamanho da sucuri predadora, com grande capacidade de se reproduzir. Se esse animal se espalha no Brasil vai causar desiquilíbrio ambiental. Portanto eu peço, encarecidamente, que espalhe esse vídeo para que se encontre o animal. Evitem matar, mas esse animal não pode ficar na natureza. Cuidado com cachorros e gatos se essa serpente aparecer próximo de casas. É uma irresponsabilidade trazer esse tipo de animal ilegal para o Brasil”, finaliza o especialista.

Ele acredita que o animal pode ter fugido de algum cativeiro.

No mercado clandestino, um filhote de píton chega a valer R$ 3 mil. Já um adulto, que pode atingir 10 metros e 90 quilos, custa cerca de R$ 15 mil.

Tráfico

Quase um milhão de cobras ameaçadas de extinção circulam legalmente no mercado internacional a cada ano, em média. Todavia, isso é apenas a ponta do iceberg em comparação com o número total de cobras vivas e mortas vítimas de tráfico ilegal ao redor do mundo, de acordo com pesquisadores e outros especialistas.

O comércio não apenas coloca muitas espécies de cobras em risco, mas também representa um perigo potencial para a saúde humana e até ecossistemas inteiros.

Sérgio Vasconcelos
Repórter
 
 

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